Ouço o sino da igreja
que quebra o silêncio
no emaranhado de pedras.
Vejo olhos brilhantes nas frestas,
ouço vozes clamando
sem sossego, sem aconchego,
almas perdidas, sem sono, flutuando.
O sino bate em tom,
lânguido tom
na noite que me envolve em tom.
Piso as pedras onduladas,
subo o morro de capelas
que a lua enceta em sombras,
deparo-me com os vultos,
guardiões do templo,
profetas que não morrem
moldados pelas mãos do artesão,
mãos sem dedos, desejo, paixão.
Texto: Pedro Paulo de Oliveira.
Imagem de Blog: grupomariacutia.blogspot.com
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