O NOVO, O INUSITADO, A VIDA, A ESTRADA QUE SEGUE E NÃO TERMINA, EMBORA NO MEIO DO CAMINHO MEU TÚMULO FRIO E SERENO, GUARDARÁ MEUS OSSOS E MEU PÓ.
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
EXPRESSÃO E DELÍRIO
Relações humanas, meros decalques
reflexos dos nossos desejos,
desejos puros e selvagens.
Ao nos despirmos das máscaras,
das nossas vestes pudicas
e dos nossos penteados luminosos,
voltamos a ser animais.
Diante da nudez e da visão do púbis
voltamos para a floresta de onde viemos.
Seres selvagens, é o que somos,
gostamos de lamber o gozo
que escorre pelas pernas
e de cheirar o sexo
quando acabamos de gozar.
Sentimos prazer em ganir, gemer e urrar
diante do sexo alucinado.
Ansiamos por cada instante de junção,
entrelaçamento com o ser desejado,
cultuado, vencido, entregue.
Depois, à luz do sol,
entre as construções,
agimos como os pavões,
coloridos, dançando para as fêmeas
ou para os machos.
Pois, afinal, é o que somos:
animais machos e fêmeas.
Texto de Pedro Paulo de Oliveira.
Imagem: Busca no Google.
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