quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS

A sociedade dos poetas mortos – resumo do filme

O enredo do filme é delineado a partir do momento em que o professor de língua inglesa, John Keating, chega à Escola Welton. A escola Welton utilizava-se de tradicionais métodos de ensino, onde a literatura e as artes ficavam em um plano bem inferior. Com a chegada do novo professor à escola tudo começou a mudar já no primeiro dia de aula quando ele concitou os alunos a deixarem a sala, assobiando e pedindo que o chamassem de “capitão, meu capitão”. Com isso, Keating estava incentivando os alunos à ousadia, a uma mudança de postura quanto à vida e à forma de aprender.

Noutra sala Keating pediu ao aluno Neil para ler uma parte do seu livro de poesia. Logo depois, mandou os alunos rasgarem a introdução do livro. Os alunos vibraram com os métodos pouco convencionais do novo professor e, incentivados por ele, subiram nas mesas como forma de expressar suas emoções livremente.

As emoções dos alunos floresceram de forma espontânea e eles reviveram um clube de literatura ao qual havia pertencido o professor Keating e reuniram-se numa caverna próxima da escola. Posteriormente, os alunos Todd e Charlie se destacaram, sendo que o primeiro, num trabalho proposto por Keating, se deu mal devido a problemas de consciência. Keating o levou, então, a fazer exercícios de auto expressão para evoluir seus talentos artísticos. Charlie publicou uma matéria no jornal da escola favorável à entrada de meninas na Welton. Diante do diretor, chamado a dar explicações sobre a matéria, ele ofereceu Deus ao telefone para defendê-lo. O diretor ficou possesso.

Keating foi repreendido pela diretoria por conta de seus métodos de ensino e, na sala de aula, disse aos meninos para não serem estúpidos em lutar contra o sistema, transmitindo-lhes, implicitamente, que eles deveriam ser sutis e inteligentes.

Enquanto isso, outro aluno, knox, se apaixonou por uma garota de outra escola e dedicou-lhe um poema. Foi elogiado por Keating em sala de aula por escrever sobre o amor verdadeiro. Neil, outro aluno, sentiu sua vocação artística aflorar e afrontou seus pais que queriam que ele cursasse medicina. Pressionado pelo pai que lhe disse que iria alistá-lo numa academia militar, Neil cometeu suicídio.

Keating foi feito bode expiatório da morte de Neil e diante de uma investigação do conselho de Regentes de Welton foi acusado formalmente. Mas Charlie o defendeu e esmurrou Richard, seu principal acusador. Charlie, por conta dessa atitude, foi expulso da escola. Todd foi chamado diante da direção e, pressionado por seus pais, foi forçado a assinar um documento em que afirmava ser membro da Sociedade dos Poetas Mortos, que Keating abusou das suas prerrogativas e incentivou Neil a discordar dos pais. Keating foi demitido da escola.

Nolan, um dos diretores da escola e responsável pela demissão de Keating, substituiu-o na sala de aula como professor de inglês. Keating entra na sala para apanhar alguns pertences que havia deixado lá. Foi, então, que Todd revelou que ele e os meninos foram intimidados e obrigados a assinar o documento contra o professor Keating. Nolan exigiu que os alunos se calassem e que Keating se retirasse. Keating se virou para deixar a sala e Todd, pela primeira vez, sendo um aluno fechado, se abriu e gritou: “Capitão, meu capitão!” em seguida, Todd subiu na mesa e foi ordenado por Nolan a descer ou enfrentar uma expulsão. Contudo, ele não desceu e foi seguido pelos demais colegas. Nolan, vencido, tombou sobre a mesa e Keating, sorrindo, deixou a sala de aula para sempre.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O INFINITO DOS MEUS OLHOS


Fito o infinito de voltas e contornos do mundo.
Vejo, no espaço perdido dos meus olhos, o tempo.
Ah, sim! A vida é a minha visão, a minha memória.
Compreendo que nada muda, mas apenas se aproxima.

Enfim, Continua a angústia, continua a fome, continuam as buscas.
Por que tentam me convencer que o mundo está pior?
por que me dizem que os valores de hoje são piores que os de ontem?
Por que me falam que as pessoas estão mais cruéis hoje?
por que me dizem que a pessoas estão indiferentes?
No infinito da minha existência o mundo não mudou.
Meus olhos vêem os mesmos homens de todos os tempos.
Sou mais um desses homens.

Não sou indiferente à morte alheia,
Não sou indiferente à fome dos outros,
Não sou indiferente à exploração dos mais fracos,
Não sou indiferente à crueldade contra os povos.

O que me resta, por que nasci, é apenas viver.
Tenho uma certeza:O fim dos tempos é a minha morte!
Não quero a desgraça dos seres humanos à minha volta.
Mas, por não ser herói, tenho medo de defendê-los
E anseio por um novo herói, um novo mártir.

Sei que a grande maioria dos que comandam este mundo são apátridas.
Sei que nada mudou na vida dos palácios.
Sei que as tramas continuam sendo feitas pelos detentores do poder.
Tramam as guerras, a mortes, jogam com as vidas!
Tentam convencer-me de que as favelas são frutos do meu tempo.
Ah, que mentira! Os guetos sempre existiram,
Os excluídos e miseráveis sempre existiram.
Os excluídos e miseráveis estão nos cantos das cidades.
Mas, um dia, eles aprenderão que as vicissitudes humanas fazem inocentes,
E, também, suas presas.

MENINA DE COPACABANA

Seus olhos simplesmente me olham na praia quase deserta de primavera. Ela é distraida, elegante, sensual. O céu triste de garoa deixa o mar de ressaca e sopra areia na calçada de Copacabana. As ondas fazem barulho e se levantam querendo engolir a praia de Copacabana. Mas é a praia que as engole, transformando seus restos em espuma.

Ela apenas caminha pela calçada e expõe seus contornos delgados e sensuais, como animal desatento. Eu respiro, olho-a, desejo-a, quero seu seios brotando da camiseta. Ela não me vê, não sente a minha angústia, não percebe meus desejos. Escuto, da criança, que o mar é misterioso. Ah, sim... Tenho que concordar... O mar guarda os segredos do mundo, de homens e mulheres, de heróis e bandidos... Guarda meus segredos neste intante, minha volúpia escondida, aquietada pela sua indiferença.

Ah, menina eterna, por que eterno são os desejos, eterna é a volúpia! Sereia que canta aos meus ouvidos e me encanta. Mulher, dona dos meus pensamentos, das minhas metas. Tudo faço na vida, tudo ganho, tudo busco para que me olhe, para que me deseje, para que me possua e seja minha dona. Ah, menina, se me quer, perco o medo, desfaço-me de tudo que guardei com avidez. Mas, quando o guardei, estava pensando em você, oh menina eterna!

Ela segue pela calçada de desenhos sinuosos de Copacabana e não me vê... Mas, se quizesse, poderia despir-me e, como um peão na arena, laçar-me e arrastar-me até ela. Eu Iria sem recusar, sem reclamações, sem importar-me em sentir dor. "Dor de amor não doi".

Ela torna a passar por mim e olha-me sem interesse. Seus passos simplesmente parecem acompanhar os traços sinuosos dos desenhos do passeio de Copacabana. Sua silhueta é parte do mar que morre na praia, é a menina de Copacabana, que inspira meus desejos, aviva meus sonhos e desperta minha alegria com a sua sensualidade. Menina de Copacabana, de corpo delgado, de corpo comprido, de pele sedosa, de cabelos cacheados, de boca grande, de olhos amendoados.Menina que invade os meus sonhos. Menina de Copacabana, que flutua na leveza e na beleza, transformando o mundo.

quarta-feira, 2 de março de 2011

SOLDADO DO ORIENTE

Era uma vez um jovem e orgulhoso pastor de ovelhas... Ele morava numa casa caiada de branco e uma palmeira fazia sobra na sua fachada. Sua pele era queimada pelo sol e pelo ar seco. Ele trabalhava, caminhava todos os dias pela terra, respirava, se alimentava, tinha sede, tinha necessidades fisiológicas, dormia. Era um ser que, como qualquer outro ser vivo, sentia o vento na pele e o aroma da vida; era um ser que olhava as estrelas e, como todo mundo, não entendia a imensidão do universo; ele era um ser concebido do encontro de um homem com uma mulher; foi amado pela sua mãe; teve infância; e sonhou com um mundo justo para si.

Naquela terra onde ele morava ele vislumbrou uma jovem certo dia e ambos se enamoraram. Ele a amou e foi amado por ela; ambos se casaram e se entregaram de corpo e alma numa noite cálida. Doravante viveu a felicidade, sorriu e, como filho, pretendeu ter filhos e os concebeu com a mulher amada.

Ele era, como a maioria dos seres humanos, alguém que gostava de trabalhar e ser respeitado; ele queria apenas o mínimo necessário para viver com dignidade. Mas a guerra estava se anunciando, vinda do ocidente! Ele, certamente, não queria a maldita guerra, pois sabia que o seu povo, massacrado por séculos de incoerências e governos déspotas, lutava apenas para sobreviver. Mas, o imperador do ocidente preparou o dragão da morte e incitou-o a cuspir fogo no seu povo cansado e humilhado. O imperador convenceu o mundo que a sua terra precisava ser libertada do julgo do tirano.contudo, o imperador, também, era um tirano, e o seu povo não queria um tirano por outro tirano.

Ele era um ser peculiar, como peculiares são os povos do Oriente, onde o sol castiga a terra, onde as tempestades não são de água e, sim, de areia. Ele era um ser que andava descalço e a areia escaldante já não lhe queimava a sola dos pés. Acreditava em Deus e sua crença era no Deus do amor e da guerra. No final das contas, amava a sua terra, se exultava com a sua gente e sempre vivia na esperança de tempos melhores. Mas acreditava, também, no Deus da guerra! Ele não sabia e não entendia a razões da guerra que se anunciava. ele não comprrendia, mas a história da humanidade é feita de amores, paixões e guerras.

O imperador do ocidente, contudo, não relevou os sentimentos da sua gente, alegando que a guerra era necessária para extirpar da terra o tirano que ameaçava a humanidade. Mas aquele ser acreditava que atacar seu país e massacrar seu povo jamais resolveria a crueldade que paira em todos os cantos da terra. Ele sabia que, por trás da intenção do imperador, havia o desejo insano de subjugar a maior parte da humanidade a uma condição de dependência do poder imperial. O império do ocidente precisa de colônias subjugadas para saciar a fome dos especuladores espalhados pelo mundo.

Ele compreendeu que tudo estava consumado, o império já havia se instalado com as suas armas. A guerra começou. No céu, os zumbidos e as luzes surgiram inesperadamente. Ele, então, foi ao seu quarto, empunhou sua arma, abriu a porta da sala, despediu-se da sua família e embrenhou-se pelas ruelas da sua cidade. Aquele homem acabava de se transformar num soldado; era um ser como muitos e com muitos sonhos; era forte e orgulhoso; e foi à guerra... Ele não voltou para casa e perdeu seus sonhos numa batalha, uma maldita batalha, uma sangrenta e covarde batalha. Sua vida foi desfeita e misturou-se à terra árida e poeirenta de um campo de batalha qualquer do Oriente. Morreu... É... Foi apenas mais um que morreu. Apenas mais um!... Mais um dos milhares que morrem diariamente nas guerras sem nem mesmo compreender as razões que os levaram as batalhas.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A MORTE DO PAPA JOÃO PAULO I, O PAPA SORRISO E O PODER DO CARDEAL RATZINGER.




A eleição havia terminado no vaticano e a fumaça subia pela chaminé. O novo Papa estava escolhido e, para surpresa dos radicais e conservadores da Igreja Católica, ele era o humilde e sereno Albino Luciane, um homem que jamais havia almejado ser papa. Confessor de homens poderosos e extremamente rígido com as causas sociais, Albino Luciane não era o homem indicado para ser papa diante de uma igreja enfiada em escândalos financeiros, morais e sociais.

A princípio, atônito, Luciane teria declinado de aceitar o pontificado. No entanto, fora persuadido do contrário pelo cardeal holandês Johan Willebrands que, sentado a seu lado na Capela Sistina, teria lhe dito: "Coragem! O Senhor dá o fardo, mas, também, a força para carregá-lo"!

Aquele instante de surpresa prenunciava, contudo, uma tragédia: o pontificado do homem humilde e especial haveria se ser curto, marcado pela morte e pelo mistério. Um mês após ser entronado, Albino Luciane - João Paulo I – o Papa Sorriso - estava morto em condições que, talvez, nunca sejam esclarecidas.

Um dos inúmeros boatos surgidos após a morte de João Paulo I diz que seu pontificado entrara em choque com ideias e interesses da Opus Dei. Durante o funeral, foram ouvidos fiéis aturdidos, que diziam: "Quem fez isso com você?", "Quem o assassinou?", já desconfiando de que a morte do Papa Sorriso não decorrera de causas naturais.

O jornalista britânico David Yallop publicou em 1984, após longa pesquisa, a obra Em nome de Deus (In God's Name), na qual oferece pistas sobre uma possível conspiração para matar João Paulo I. A dar-se crédito às fontes de Yallop (que incluem inúmeros clérigos e habitantes da cidade do Vaticano), João Paulo I esboçara, no início de seu breve pontificado, uma investigação sobre supostos esquemas de corrupção no IOR (Istituto di Opere Religiose, vulgo Banco do Vaticano). Logo após eleger-se papa, ele foi colocado a par de inúmeras irregularidades no Banco Ambrosiano, então comandado por Roberto Calvi, conhecido pela alcunha de "Banqueiro de Deus" por suas íntimas relações com o IOR (o corpo de Calvi apareceu enforcado numa ponte em Londres, quatro anos depois, por envolvimento com a Máfia).


Entre os envolvidos no esquema de Calvi, estaria o então secretário de Estado do Vaticano e Camerlengo, cardeal Jean Villot, o mafioso siciliano Michele Sindona, o cardeal norte-americano John Cody, na época chefe da arquidiocese de Chicago e o bispo Paul Marcinkus, então presidente do Banco do Vaticano. As nebulosas movimentações financeiras desses homens não passaram despercebidas pelo Papa Sorriso. Sem falar em supostos membros da loja maçônica P2, como Licio Gelli (vale lembrar que pertencer a essa comunidade secreta sempre foi e ainda é considerado motivo de excomunhão pela Igreja Católica).

A Cúria Romana como um todo rechaçou o perfil humilde e reformista de João Paulo I. Diversos episódios no livro corroborariam essa tendência: o Papa Sorriso sempre repudiou dogmas, ostentação, luxo e formalidades; para ficar num exemplo, ele detestava a sedia gestatória, a liteira papal (argumentando que, por mais que fosse o chefe espiritual de quase um bilhão de católicos, não se sentia importante a ponto de ser carregado nos ombros de pessoas). Após muita insistência curial, ele passou a usá-la.

Seria no entanto importante referir que, quando o Cardeal Luciani ascendeu a Papa, o seu estado de saúde encontrava-se já bastante deteriorado.

Segundo Yallop, em 29 de setembro de 1978, João Paulo I anunciaria a remoção de Marcinkus, Cody, Villot e alguns de seus asseclas – o que poderia deixá-los à mercê de processos criminais. Mas Sua Santidade não acordou para levar a cabo as excomunhões: diz-se que teria sido encontrado pela freira Vincenza, que o servira por 18 anos e que sempre lhe deixava o café todas as manhãs. Naquele fatídico dia, no entanto, ela ficara espantada com o fato de o Papa não ter respondido ao seu Buongiorno, Santo Padre (Bom-dia, Santo Pai); desde os tempos de padre em Veneza, ele nunca dormira além do horário. Notando uma luz acesa por trás da porta, ela entrou nos aposentos do Papa e o encontrou de pijama, morto, com expressão agonizante, na cama.


Numa ação rápida, assim que os gritos da freira ecoaram pelo palácio, os pertences pessoais do Papa foram de imediato removidos por Villot que surgiu do nada, como uma assombração. Entre eles, as sandálias do papa. No livro, é defendida a hipótese de que as sandálias estariam manchadas com vômito – um suposto sintoma de envenenamento.

Yallop cita a digitalina (veneno extraído da planta com o mesmo nome) como a droga usada para pôr fim ao pontificado de João Paulo I. Essa toxina demora algumas horas para fazer efeito; Yallop defende que uma dose mínima de digitalina, acrescentada à comida ou à bebida do papa, passaria despercebida e seria suficiente para levá-lo ao óbito. E, para o autor de 'Em nome de Deus", teria sido muito fácil, para alguém que conhecesse os acessos à cidade do Vaticano, penetrar nos aposentos papais e cometer um crime dessa natureza.

Resta-nos a compreensão de que os interesses daqueles que detêm o cetro do poder religioso não mudaram em nada: conjuram, mentem, roubam e matam.

a prova maior dessa teia pegajosa enredada em volta da Igreja Católica está nos últimos acontecimentos que marcaram a renúncia do Papa Bento XVI. Bento XVI à época da morte de João Paulo I, era o Cardeal Ratzinger, um dos homens mais importantes da Igreja Católica, presidindo nada mais e nada menos que a poderosa Congregação Para a Doutrina da Fé. Foi dele o trabalho e os bastidores que elegeram Karol Wojtyla, o Papa João Paulo II. Depois da morte de João Paulo II, ele se tornou papa. Depois de um pontificado marcado pelo radicalismo, declarações polêmicas, escândalos de proteção a padres pedófilos e corrupção financeira em todas as autarquias do Vaticano, ele renunciou, num golpe de mestre e, mais uma vez, elegeu um papa, segundo seus preceitos.

A renúncia de Bento XVI foi mais um golpe político nos seus adversários do que simplesmente um ato de humildade. Ele se viu enfraquecido física e mentalmente. Viu a morte se aproximando e percebeu que, morto, não poderia conduzir, com garantia a sua sucessão. Assim, avisou que deixaria o pontificado e, ao estilo de Maquiavel, conduziu com maestria a sua sucessão. Deixou que o mundo especulasse e os cardeais conjurassem. No entanto, já estava decidido, entre os seus fiéis seguidores, quem seria o novo papa: Jorge Mário Bergoglio, que se auto denominou Papa Francisco ou Francisco I.

O novo papa, é um fiel seguidor dos preceitos de Bento XVI desde os tempos da Congregação Para a Doutrina da Fé e o Cardeal Ratzinger tem plena consciência disso. Na sua casa de repouso ele curte seus últimos dias sabendo que a sua influência sobre a Igreja Católica, que se iniciou logo após o Concílio Vaticano II, ainda perdurará por muitos anos.

Mas o que tem a ver a influência do Cardeal Ratzinger com a morte de João Paulo I? Talvez a resposta para o mistério que envolve, até hoje, essa morte, esteja na casa de repouso onde descansa Bento XVI, no brilho dos seus olhos fundos e nos seus gestos cadenciados.


Por que a Igreja Católica faz questão de esquecer esse papa ao, mesmo tempo. santifica João Paulo II? Foram raras as vezes em que o Cardeal Ratzinger falou de Albino Luciane como membro da Cúria Romana, como servo de Deus e como o Papa João Paulo I. Pelo contrário, sempre quis ofuscar a sua imagem com o brilho do seu sucessor. O Servo humilde de Deus, o Papa Sorriso, o homem que teve coragem de enfrentar a máfia do Vaticano, parece fadado ao esquecimento. Essa máfia, hoje, não é novidade para ninguém, pois foi denunciada pelo próprio Bento XVI antes de renunciar ao trono e entronar Francisco.



Texto de Pedro Paulo de Oliveira
revisado em 12 de Fevereiro de 2016.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O AMOR REAL

O amor só nos é real pela intuição, pela percepção, pelo olhar.
O amor é aquela dedicação incontestável, desmedida ao ente amado;
O amor é a busca intermitente e latente do outro, mesmo que ele esteja distante;
O amor é aquele brilho nos olhos da mãe quando vê o filho distante voltar;
O amor nunca morre enquanto há vida entre os seres que se amam;
O amor verdadeiro só é possível nas vidas daqueles seres especiais;
O amor é a essência que, muitas vezes, muda de lugar.
Mas, o amor, onde estiver, vai invadir, tomar conta, prevalecer.

O amor, muitas vezes, direciona-nos para um pequeno animal, um cão, talvez.
De tantos animais espalhados pelas ruas escolhemos um para companheiro, ouvir nossas lamúrias, receber nossos carinhos, participar de nossas brincadeiras de crianças (mesmo depois de adultos somos crianças junto deles).
No final das contas, eles tornam-se membros da nossa casa, com todos os direitos dos seus habitantes,invadem a nossa intimidade e nos fazem esquecer das agruras do dia a dia.

Assim, não escolhemos a quem amar, o amor nos escolhe para amar.



Estava pensando na minha mãe e no meu cachorro, e me inspirei para escrever esses pensamentos.