sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

DAR E RECEBER



Nada do que nos é dado, vem de graça e nada do que tiramos do outro será nosso de verdade. A vida apenas nos empresta... No momento da partida, levamos apenas o amor e a dignidade.

Texto: Pedro Paulo de Oliveira.

Imagem: midia-indoor

FILHOS DE DEUS




A contemplação é o único instante da vida em que encontramos nosso verdadeiro eu e nos colocamos diante da Criação e do Criador. Ao contemplarmos, verdadeiramente, tudo que nos envolve descobrimos que somos filhos de uma única matéria: Deus.

Texto de Pedro Paulo de Oliveira.

Imagem Ultradowloads

A BUSCA DE DEUS.



O encontro com a verdade,
o espanto diante da vida,
o desejo de ser amado,
a busca da dignidade.

Somos filhos de um desejo único de perpetuação do universo, a vida que nunca termina, regida pela luz. Não há vida sem luz.

Como partículas dotadas de desejos, seguimos em busca de um único ideal: A PERFEIÇÃO DO SER SUPREMO - DEUS.


Texto: Pedro Paulo de Oliveira.

Imagem: anjodeluz

ACEITAR OS DESAFIOS




É preciso sempre olhar para trás, sentir que o que deixamos em nossa caminhada poderá ser o alicerce para novas vidas; jamais sentir medo de aceitar os desafios, principalmente aqueles que constroem a missão de servir aos mais fracos. Seremos, então, menos lembrados pelo que somos do que pelo que fizemos.

Pedro Paulo de Oliveira.

Imagem: aracycrespo

O DESAFIO DE AMAR.



Os maiores desafios das nossas vidas são os que nos fazem compreender: as mentiras humanas; o medo diante da pequenez da juventude; a nossa sordidez; e que, no final de tudo, o que valeu a pena foram as coisas simples - o respeito e o amor. 


Texto de Pedro Paulo de Oliveira.

Imagem: floreseamores

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

O DIAMANTE DE DEUS.








Não há que se imaginar uma vida sem a certeza da existência de um ser único e criador e do qual somos parte eterna e sempre em transformação. 


Embora a vida, em muitos momentos, possa nos parecer injusta, toda dor acontece para nos lapidar, assim como as pedras preciosas só se tornam belas e eternas depois de passarem pela forja e pelo martelo. 



Texto: Pedro Paulo de Oliveira.

Imagem: mileniustar

sábado, 22 de fevereiro de 2014

FILHOS DE MINAS GERAIS.

Quantos montes e morros desenhados!... 
Montanhas a perder de vista no céu azulado...
estradas tantas que levam aonde nascem os sonhos,
o canto choroso de um caipira, o lamento da sanfona,
o carinho da viola, o estalar da fogueira
no meio do mato... o som da cachoeira.

Igrejinhas escondidas no povoado,
capelinhas sobre os morros,
escolinhas abandonadas,
infâncias guardadas...

"Eu sou o Caipira, matuto de nascença, picador de fumo, pitador de cigarro de palha... Não conto os dias. Meu tempo é o acordar e o adormecer do sol. Sou mineiro, planto com a enxada, corto com o machado, debulho o milho com as mãos, ando descalço sobre a terra e uso chapéu de palha. Sou o Caipira... Sou filho do jeito de falar manso, de ouvir agachado e de olhar alongado".

A vida nunca vai, a vida não anda, a vida não acaba
entre as montanhas da minha Minas Gerais.

Texto de Pedro Paulo de Oliveira.
Todos os direitos reservados.

Imagem: quadroseretratoswordpress

JESSÉ - VOA LIBERDADE



UM ARTISTA COMPLETO: 

POETA, MÚSICO, CANTOR (UMA VOZ ÚNICA!...), INTÉRPRETE E ARRANJADOR. TALVEZ, O MELHOR DO SEU TEMPO. INFELIZMENTE, NOS FOI TIRADO PREMATURAMENTE. 

NO ENTANTO, SUAS MÚSICAS SÃO IMORTAIS. QUE POSSAM SERVIR DE INSPIRAÇÃO PARA NOVOS ARTISTAS E, QUEM SABE, OFUSCAR ESSA ONDA DE RITMOS SEM NENHUM VALOR.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

LABIRINTOS


Do outro lado da rua, trôpego... um andarilho, talvez.
O badalar de um sino há muito silencioso
desperta almas aprisionadas
em lúgubres labirintos eivados de desejos e paixões.
A noite se abre em cortinas de sombras na cidade,
encobrindo o "horizonte de formas belas"

Os muros impregnados de corpos, expiram os delírios de noites de desejos, gozos e medos. Medos... Medo da própria vida que se esqueira fluindo dos cantos escuros, como a sífiles fatal.

Nas ruínas das habitações teimam temores e odores de existências, corações iguais e latentes, mãos que se movem, olhos que espreitam.

"Oh noite, tu és minha amiga, trazes contigo a coberta escura que encobre minhas chagas e esconde minha face medonha! Em tuas sombras eu me esgueiro, sorrateiro, em desespero e tenho medo não sei de que, pois que só sei viver. Na luz do dia, escondo-me procurando pedaços da noite e, acordado, suplico por migalhas que trocarei por sonhos tão curtos e violentos que levam a minha alma embora. - Já não tenho mais alma. apenas meu corpo vaga trôpego, ouvindo um sino soturno."

A cidade parece alheia: o lago espelha a "Igreja",
as grades trancam os jardins do "Parque",
o cantor se apresenta no palco das "Artes"...,
o ator interpreta o poeta,
as mulheres dançam nuas.



Texto de Pedro Paulo de Oliveira 


AOS LABIRINTOS DE BELO HORIZONTE.




Imagem: olhares.uol

sábado, 15 de fevereiro de 2014

ENCANTAMENTO


Eu sei que por um instante olhastes o mar...

Foi ai que descobristes o teu destino
e, num abraço, me dissestes palavras bonitas.
Depois - como um barco à deriva - te fostes.

Ainda sinto o teu perfume, os teus braços me apertando. Pergunto: É saudade ou apenas falta do prazer absoluto do teu corpo no meu? Não sei. Nunca sei a resposta e pouco importa esse saber.

Tenho nítida a imagem do teu sorriso selvagem, misturado ao fogo do sol;
seus olhos entrando nos meus como flechas; e seu hálito de fera indomada.

Então... O que vivemos é passado? 
Sinto tua presença tão entranhada em mim que o que vivemos não pode ser passado, é sempre presente, é tudo que mantenho vivo, pois nada vivi com tamanha intensidade.

O que fazes além mar? Melhor que eu não saiba. 
No entanto, sinto que se me visses, por um instante, o mundo seria, novamente, um lugar mágico.

Gosto de olhar o mar...
faz tempo, tu derivas dele
como sereia cantando...
e encantando.

Texto de Pedro Paulo de Oliveira.

Imagem: Mermaid

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

O MEU SILÊNCIO.


Hoje eu toquei meu silêncio
descobri o quanto preciso dele.


Meu silêncio funciona assim:
um filme que começa colorido - imagens que se misturam
(muitas imagens).
Agora, uma grande parte das imagens se formam em branco e preto
(poucas imagens). 





Aprendi que a seleção (separar o que é bom do que é ruim)
vem com o tempo, no silêncio que a vida nos impõe,
no olhar que, mesmo cansado, consegue ver o mal se aproximando
para tentar se impor na vida de quem amamos.

Quero tocar meu silêncio todos os dias
para que ele me sussurre apenas verdades
e me mostre as veredas do bem.
- Mas, acima de tudo, quero que o meu silêncio me ensine e me fortaleça a lutar contra a opressão e a iniquidade -

No silêncio posso chorar sem remorso,
esgarçar meus desejos e exortar minhas paixões...
deixar a paisagem envolver-me,
ser livre - dono do meu destino - consciente do quão fatídica é a vida.

Texto de Pedro Paulo de Oliveira.

Imagems: oestado



POEMA DA ALMA

Minha alma tem a cor do amanhecer:
o som da vida despertando,
gotejando água cristalina da fonte,
a janela se abrindo, 
a criança sorrindo...

Minha alma tem a consistência das pedras:
guardiã de caminhadas e passos,
por onde escorre a chuva,
passa o pai e a mãe,
o filho e a filha,
quem muito já viveu,
quem ainda não nasceu
e quem já morreu.

Minha alma é feita de barro:
mãos moldando tijolos e telhas,
fazendo vilas e cidades,
paredes que escondem desejos,
momentos de carinho,
paixões loucas,
traições (medo)
dores (amores).

Minha alma tem a forma da água e do ar:
o mar sem tamanho, profundo
e o vento que tudo sopra, tudo leva.

Minha alma é parte de Deus:
é eterna,
quer ser nobre
no todo de Deus que é tudo.

Pois então...

Minha alma tem asas:
gosta de voar
voos rasantes e infinitos,
é feito passarinho
que conhece o mundo (o céu e a terra)
e, presa no corpo, como sofre! Tanto sofre...
- quer se desprender e, para sempre, voar.

Texto de Pedro Paulo de Oliveira.

Imagem: marlivre

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

SONHOS GUARDADOS



Quanto mais dias eu guardo, 
mais eu sinto que os dias me escapam...
Tento, em vão, agarrar o que de melhor me é dado.
Mas, tudo passa ligeiro e me sinto dentro de um vagão 
olhando a paisagem correr: luzes, cores, formas, aromas, sons (vozes) e o vento. O vento é que parece levar tudo embora. Depois, percebo que o vento não leva nada, é apenas condição, uma parte do todo que a tudo consome.

Houve até um tempo em que pensei que os dias eram frutos da minha vontade e, meio desembestado, flutuei por ai cheio de sonhos até que os sonhos pousaram num canto do meu ser e, mesmo que os dias me escapem, eles ficam lá, guardadinhos, latentes e intermitentes.

Sonhos teimosos que não me deixam.

Texto de Pedro Paulo de Oliveira.

Imagem: lupércio