Eu sei que por um instante olhastes o mar...
Foi ai que descobristes o teu destino
e, num abraço, me dissestes palavras bonitas.
Depois - como um barco à deriva - te fostes.
Ainda sinto o teu perfume, os teus braços me apertando. Pergunto: É saudade ou apenas falta do prazer absoluto do teu corpo no meu? Não sei. Nunca sei a resposta e pouco importa esse saber.
Tenho nítida a imagem do teu sorriso selvagem, misturado ao fogo do sol;
seus olhos entrando nos meus como flechas; e seu hálito de fera indomada.
Então... O que vivemos é passado?
Sinto tua presença tão entranhada em mim que o que vivemos não pode ser passado, é sempre presente, é tudo que mantenho vivo, pois nada vivi com tamanha intensidade.
O que fazes além mar? Melhor que eu não saiba.
No entanto, sinto que se me visses, por um instante, o mundo seria, novamente, um lugar mágico.
Gosto de olhar o mar...
faz tempo, tu derivas dele
como sereia cantando...
e encantando.
Texto de Pedro Paulo de Oliveira.
Imagem: Mermaid
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