segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

O SILÊNCIO, APENAS



Sou o silêncio 
que adormece em seu colo
para sentir a vida pulsar

Sou o silêncio que pede amor
que pede um toque
uma matiz
um segredo
do coração

Sou o silêncio na noite
na calidez da alcova
sem lençol
desnudo
sem pudor.

Sou o silêncio perpetrado 
no seu olhar
na sua voz calada
no seu gesto mudo
na sua língua molhada.

Quero o silêncio dos seus braços
de um abraço só
entrelaço sem pedaço
sigiloso ardor
do corpo inerte

Sou o silêncio da sua alma
que flutua no espaço
espaço de essências 
lugar de reminiscências
Alma que se perde
leve, sem asas...

Quero o silêncio
apenas o silêncio
da pedra imóvel
da chuva fina
que desce do ceu.

É tudo que quero:
Apenas o silêncio da vida
das mãos que acalentam
dos carinhos que apascentam.


Pedro Paulo e Oliveira.
  

 

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