“A PRAÇA”
Todos são anônimos,
todos sonham no praça,
até os velhos -silenciosos e estáticos -
estão sonhando no praça.
Um imenso jardim, um oásis
onde todos se misturam:
os mendigos, os jovens,
os casais, as crianças
e os pássaros.
A brisa e a sombra diferenciam-se
das sombras das casas e dos prédios,
que suspiram sufocados.
Na praça todos estão desocupados
e o trânsito passa despercebido.
A praça se abre e finda na rua,
e a Igreja, no meio, olha, impávida,
com a certeza de que só ela é eterna.
A mesa de cimento
os jogadores de baralho
fazendo algazarra,
o perdedor diz que não perdeu...
o velho aposentado namora...
um cartão de loteria,
enquanto os pombos sem vergonha
circulam em volta dos seus pés;
A mulher de vermelho
mostra as pernas grossas
e senta-se no banco
segurando uma rosa;
A cigarra canta
cheia de desejos
e a folhagem se dobra com o vento.
Na calçada, homens e mulheres se misturam
e nas esquinas encontram amigos,
colocam as fofocas em dia
e criam teorias
sobre futebol e política.
Quando a noite chega,
a praça se ilumina.
como se fosse Natal
luzes multicolore
dão vida aos enfeites reciclados
que os estudantes construíram:
a árvore no meio da praça,
as botas e a casinha do Papai Noel...
os querubins na fachada da Prefeitura e da Igreja,
os bonecos de neve, as estrelas envolvendo as palmeiras,
as bolas verdes pendendo das árvores
e os anjos com trombetas
anunciam a chegada do Menino Jesus.
Os casarões seculares,
com os seus fantasmas,
olham atentos a profusão de cores e brilhos.
Uma criança também olha,
misturando o brilho dos seus olhos
ao colorido do praça,
e os seus cabelos castanhos
pendem sobre suas bochechas rosadas.
Seu pequeno corpo se movimenta
em cadência e sua boca se abre
num misto de alegria e êxtase
quando dela se aproxima o Papai Noel -
Tudo na Praça então se transforma... O mundo é só a Praça.
Pedro Paulo de Oliveira.
Todos são anônimos,
todos sonham no praça,
até os velhos -silenciosos e estáticos -
estão sonhando no praça.
Um imenso jardim, um oásis
onde todos se misturam:
os mendigos, os jovens,
os casais, as crianças
e os pássaros.
A brisa e a sombra diferenciam-se
das sombras das casas e dos prédios,
que suspiram sufocados.
Na praça todos estão desocupados
e o trânsito passa despercebido.
A praça se abre e finda na rua,
e a Igreja, no meio, olha, impávida,
com a certeza de que só ela é eterna.
A mesa de cimento
os jogadores de baralho
fazendo algazarra,
o perdedor diz que não perdeu...
o velho aposentado namora...
um cartão de loteria,
enquanto os pombos sem vergonha
circulam em volta dos seus pés;
A mulher de vermelho
mostra as pernas grossas
e senta-se no banco
segurando uma rosa;
A cigarra canta
cheia de desejos
e a folhagem se dobra com o vento.
Na calçada, homens e mulheres se misturam
e nas esquinas encontram amigos,
colocam as fofocas em dia
e criam teorias
sobre futebol e política.
Quando a noite chega,
a praça se ilumina.
como se fosse Natal
luzes multicolore
dão vida aos enfeites reciclados
que os estudantes construíram:
a árvore no meio da praça,
as botas e a casinha do Papai Noel...
os querubins na fachada da Prefeitura e da Igreja,
os bonecos de neve, as estrelas envolvendo as palmeiras,
as bolas verdes pendendo das árvores
e os anjos com trombetas
anunciam a chegada do Menino Jesus.
Os casarões seculares,
com os seus fantasmas,
olham atentos a profusão de cores e brilhos.
Uma criança também olha,
misturando o brilho dos seus olhos
ao colorido do praça,
e os seus cabelos castanhos
pendem sobre suas bochechas rosadas.
Seu pequeno corpo se movimenta
em cadência e sua boca se abre
num misto de alegria e êxtase
quando dela se aproxima o Papai Noel -
Tudo na Praça então se transforma... O mundo é só a Praça.
Pedro Paulo de Oliveira.