
Por trás do teu ombro
vejo os montes trêmulos
por onde vicejam ramos
e escorre a água do mar...
Púlpito que se eleva
formando o caminho
por onde minha mãos
deslisam contritas
quase perdidas...
Sinto o abraço
o laço que me prende
o gemido sem dor
o púlpito se abrindo
meus olhos embaçados
meu grito mudo
instinto puro
entro, fecho os olhos
quero a escuridão
sem pensamentos
sem perdão.
Sinto o cheiro, o gosto do sal
o hálito envolvendo meu pescoço
dois bálsamo macios sobre meu peito...
É o instante, meu ser se esgarça
abro os olhos
vejo dois olhos
arregalados e uma boca sorrindo
Texto: Pedro Paulo de Oliveira.
Imagem: sites.google.com/site/jocelinjoseart/nu-artistico-casal
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