sábado, 4 de janeiro de 2014

CONDENADO À MORTE ( UM POEMA... OU, QUEM SABE, UMA CONFISSÃO)


EMBORA SERES INCAPAZES TEIMEM EM INVADIR MINHA PRIVACIDADE, SEGUEM MEUS POEMAS E A MINHA PRIVACIDADE QUE JÁ ESTÁ IMPRESSA NELES.


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CONDENADO À MORTE


Teu corpo me tenta...
me atormenta
desnudo na luz,
cheio de curvas,
desenho único,
deleite perene.

Que fazes comigo mulher
quando te despes
lentamente e vejo teus seios
arrebitados mirando minha boca?
Tuas maõs... então? (dedos longos)
Fazem carícias no colo
e nas nádegas arrepiadas.

Meu ímpeto é a morte...
Morro todos os dias
à tua procura
no teu encontro,
nos teus braços,
no teu corpo...
E tu, és a vida,
geras a vida
em cada uma das minhas mortes.

Vem a luz, entre tuas coxas
mirando tua púbis enxarcada
esperando para engolir-me
(estou entregue)...
Tu, abelha rainha
a espera do zangão - poderoso...
Vou para a morte,
mais uma vez
e morro quantas vezes for preciso.

Texto de Pedo Paulo de Oliveira

Imagem: bokelberg

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