O NOVO, O INUSITADO, A VIDA, A ESTRADA QUE SEGUE E NÃO TERMINA, EMBORA NO MEIO DO CAMINHO MEU TÚMULO FRIO E SERENO, GUARDARÁ MEUS OSSOS E MEU PÓ.
segunda-feira, 3 de junho de 2013
SAUDADE.
Não busco ouro, quero o lusco-fusco,
Deitado em terra da minha terra
Onde a minha infância não morre nunca
lugar eterno de sonhos e antepassados.
Busco a beleza do seu semblante, de outros semblantes,
Razão da vida e dos desejos
Encontro-o emoldurado numa fonte
De olhos úmidos em lampejos.
Não. Não me digam uma só palavra...
O silêncio me basta na saudade, me comove
Que saudade não quer palavras,
Saudade é sentir sem tocar.
Olhe apenas o dia que esvai
Sinta o ardor da partida
Sinta minha presença na sua alma
E vá para o longe que não existe.
Sim... Não busco o ouro.
Apenas quero ter a saudade,
Sem me importar o quanto
Sem me importar de quem.
Quero sofrer um pouco, só um pouco,
Para lembrar-me o quanto fui feliz;
Quero olhar para o céu
E sentir que tudo valeu a pena.
Pedro Paulo de Oliveira.
Direitos Autorais
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário