
O sol arde e queima o horizonte
Últimas faíscas de longo um dia
Do inverno impiedoso sobre o monte
E dos meus olhos que a tudo copia
Vejo o mundo, vejo os sonhos distantes
Na vida que com a luz se esvai
Deixando as lembranças dos instantes
Que só sabemos quando não temos mais
Não tenho mais o colo materno
Não tenho mais o amor perdido
Não tenho o sonho terno
Do menino concebido
Sou adulto andarilho errante
Suplicando um pouco mais de acalanto
Saudoso do passado distante
Deixado no espaço feito pranto.
Texto de Pedro Paulo de Oliveira
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