sábado, 27 de julho de 2013

ALMA DESTERRADA



Quando choro, minhas lágrimas regam seu coração
petrificado pela dor e pelas lamúrias,
seu coração que grita constantemente por socorro
e você nunca ouve, na surdez do seu mundo
E mesmo distante, no rocio esvoaçante
vai meu pranto acalmar seu lamento
encher sua alma de paixão e delírio
e você sente minha presença tocando suas entranhas.

Do alto da pedra da fidelidade
Abraço sua anca invisível
olhando a imensidão encravada em meu ser
e jogo seu corpo que rola e não despedaça...
Desço correndo, pois que a vida não acaba,
Perco-me, para sempre, no meio do desconhecido.

Fecho os olhos, pois que a vida é nada, é instante então
e amar é padecer, essas lágrimas que se misturam ao orvalho
Desejo perene de prazer, solidão sempre ao dormir
sonhos no meio da escuridão, imagens misturadas, esvoaçantes,
perdidas, dilaceradas.


Poema: Pedro Paulo de Oliveira.
Direitos Autorais.

Foto: pxleys.com

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