Houve um tempo em que imaginei
que o mundo cabia em minhas mãos.
Eu mirava as estrelas e as
montanhas,
abria os braços e pensava:
“eu posso abraça-las”!
Era como realizar o sonho dos cientistas
e poder transportar-me através do
tempo e do espaço
numa fração de segundo.
Num instante eu estava
sobrevoando vales nunca vistos,
num voo homérico;
noutro instante, viajava pelas
estrelas,
entre luzes prateadas,
visitando civilizações interplanetárias.
O mundo cabia em minhas mãos...
Não que ele fosse pequeno – que pequeno
não era.
O mundo era grandioso,
permeado de heróis de verdade
– guerreiros que lutavam contra o mal
e somente contra o mal.
No final, venciam os heróis.
Nesse mundo - que cabia em minhas
mãos e no meu abraço -
existiam guerreiros escarlates
que desciam dos céus
para comandar batalhas contra os
homens maus.
No final, os homens maus eram expulsos da
terra
e prevalecia a bonança, o respeito e o amor.
Houve um tempo em que imaginei um
mundo...
Houve um tempo em que imaginei o
amor;
houve um tempo em que imaginei o
respeito...
houve um tempo em que imaginei a
vida –
e que a vida era o dom mais
precioso que se pode ter na terra.
Texto de Pedro Paulo de Oliveira.
Imagem: FOLHA DE SP
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