domingo, 24 de agosto de 2014

TEMPO DE AMOR




Houve um tempo em que imaginei que o mundo cabia em minhas mãos.
Eu mirava as estrelas e as montanhas,
abria os braços e pensava:
“eu posso abraça-las”!
Era como realizar o sonho dos cientistas
e poder transportar-me através do tempo e do espaço
numa fração de segundo.

Num instante eu estava sobrevoando vales nunca vistos,
num voo homérico;
noutro instante, viajava pelas estrelas,
entre luzes prateadas,
visitando civilizações interplanetárias.

O mundo cabia em minhas mãos...
Não que ele fosse pequeno – que pequeno não era.
O mundo era grandioso,
permeado de heróis de verdade
 – guerreiros que lutavam contra o mal
e somente contra o mal.
No final, venciam os heróis.

Nesse mundo - que cabia em minhas mãos e no meu abraço -
existiam guerreiros escarlates
que desciam dos céus
para comandar batalhas contra os homens maus.
No final, os homens maus eram expulsos da terra
e prevalecia a bonança, o respeito e o amor.

Houve um tempo em que imaginei um mundo...
Houve um tempo em que imaginei o amor;
houve um tempo em que imaginei o respeito...
houve um tempo em que imaginei a vida –
e que a vida era o dom mais precioso que se pode ter na terra.

Texto de Pedro Paulo de Oliveira.

Imagem: FOLHA DE SP    

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