O abraço quase inerte
na pedra, na argila,
no galho entrelaçado...
É o abraço que se vê
de dois corpos em êxtase...
Abraço que se faz na vida
que nasce e renasce,
nos braços que enlaçam
quando a morte se faz presente
e na saudade que vai nascendo
mesmo antes da despedida,
muito antes da partida.
O ABRAÇO DA TERRA
QUE COBRE O COBRE E COBRE O CORPO,
GUARDA A SEMENTE
E DEIXA BROTAR A VIDA...
E mesmo depois,
no tronco caído sem raiz,
o abraço do lodo
que faz brotar a flor
de outros braços,
de outras vidas.
O abraço é assim:
para juntar os corpos,
juntar a vida,
matar saudade,
fazer amor.
Abraço de verdade:
de criança -
brilho nos olhos -
na tenra idade,
abraço sincero
(necessidade)
de amor
de verdade.
Enfim, abraço não se vende,
não se dá,
é natural, acontece
para quem dele apetece.
Texto e foto de de Pedro de Pedro Paulo de Oliveira
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