Ficou no céu o espaço em branco dos meus desejos
Vereda censurável do que foram meus sentimentos (imensuráveis)
E fico olhando afoito o bater das asas da liberdade (saudade)
Seus olhos grandes de desejos desvanecendo, indo(rindo).
HA... simbiose irresoluta do que foi um amor, uma paixão (sexo)
No além das distâncias e decepções fatais e judiciosas
Na sensação de que a perenidade é um sonho desvairado
Dos amantes que se perdem, enlouquecem e morrem.
Ha... bendita fornicação que prevalece auspiciosa
Nos leitos dos amantes!
Maldito aqueles que desprezam o coito arrebatador, animalesco
Pois é para ele que nasceram os seres humanos.
Sinto, sim, saudade - digressão no meu espaço infinito
Em cada cavidade em branco que ficou
Onde nossos gritos ainda ecoam
Vislumbre de gozos incontidos, prolongados, alucinados.
Não me tragam a água cálida quando quero o fogo
Não gosto de olhar o que ficou vago na distância
Quero estar atracado de prazer
Envolvido em braços e abraços
Não sou perene, mas sou filho dos desejos eternos
De todos os gritos de amor e paixão
Sou feito de carne que pulsa no embate do fogo
Que sai das entranhas e só se acalma quando goza.
POESIAS ESPARÇAS, Novembro, 2.009
Pedro Paullo
Nenhum comentário:
Postar um comentário