O NOVO, O INUSITADO, A VIDA, A ESTRADA QUE SEGUE E NÃO TERMINA, EMBORA NO MEIO DO CAMINHO MEU TÚMULO FRIO E SERENO, GUARDARÁ MEUS OSSOS E MEU PÓ.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
RENASCER
Os seres especiais não morrem, renascem e para renascerem passam pela dor da transformação. A pedra bruta, para ser transformada em diamante, precisará ser lapidada; o ferro, para ser transformado em aço, terá que passar pelo fogo; e o ser humano para se tornar espírito passará pela dor da morte.
sábado, 2 de janeiro de 2010
O GRANDE MISTÉRIO DA VIDA
A chuva torrencial marcou a passagem de 2009 para 2010. Podia senti-la pela janela do apartamento, nos respingos que entravam e molhavam a minha face, enquanto ouvia as explosões dos fogos de artifício no Parque Halfeld, em Juiz de Fora. Meus pensamentos se voltavam rapidamente no tempo, imaginando, que no dia sete de dezembro,por volta das oito horas da manhã, um motorista perdia o controle de seu carro com destino a Andrelândia. Queria, como pretenso escritor que sou, descrever aquele momento, pois dentro daquele veículo estava Fernanda, a minha neta primogênita. Mas sinto-me incapaz.
Comunicaram-me o acidente por volta das onze horas e me disseram que ela estava gravemente ferida, com politraumatismo craniano, dentro de uma ambulância, rumando para Juiz de Fora. Procurei pelo Augusto - meu filho, pai da Fernanda,contei-lhe o que estava se passando e fui até minha casa ao encontro de Cássia, minha esposa. Partimos - os três - ao encontro do inesperado, pedindo a Deus que não levasse aquela criança para Si.
Acredito que Deus ouviu todas as preces que pediram pela vida da Fernanda e decidiu que ela deveria ficar junto de nós, nesta terra de homens e mulheres. Contudo, foram longos e intermináveis dias de angústia, velando na Santa Casa de Juiz de Fora por aquela criança dotada de energia e sonhos, com a vida por um fio - segura por Deus - e nas mãos habilidosas do Doutor Sérgio Souza.
Poderia descrever a dor da Evilane, mãe da Fernanda, mas não será necessário. Basta imaginar a dor dilacerante que uma Mulher sentiu ha mais de dois mil anos ao ver seu Filho sendo torturado, suspenso e pregado numa cruz. A dor do meu filho, não ouso tentar descrevê-la, pois basta ser pai - pai de verdade - para saber a amplitude do amor que une as descedências.
No sábado acordei e ainda era madrugada. Pude vislumbrar através da janela aberta, a lua brilhando intensamente, como um espelho redondo no firmamento. Pensei nas razões que provocaram o acidente, e pedi a Deus que arrancasse do meu coração a mágoa e me fizesse apóstolo do perdão. Voltei a dormir.
Na manhã de sábado, dia dois de janeiro de 2010, sentei-me defronte à Igreja do Senhor dos Passos, uma contrução românica, erguida no pátio da Saanta Casa, com a sua torre pontiaguda apontando para o inifnito. Sob o céu azul, nuvens muito brancas e baixas pareciam querer tocar aquela torre, formando um quadro quase surreal com a copa frondosa das árvores. Obsevei os homens e as mulheres num vai-e-vem constante, com os seus óculos escuros, trajando bermudas e tênis, e conclui que eles pouco ou nada se importavam com a cena do céu extremamente azul, com as nuvens brancas, com a torre da igreja ou a copa verde das árvores. Voltei meus pensamentos para todas as tragédias causadas pelas chuvas nos últimos dias, mas principalmente naquelas que ocorreram na passagem para o novo ano. Olhei novamente para o alto e lá estavam a torre da igreja, as nuvens e a copa das árvores. Agradeci mais uma vez a Deus pela salvação da Fernanda e permaneci silencioso diante do mistério da vida.
Comunicaram-me o acidente por volta das onze horas e me disseram que ela estava gravemente ferida, com politraumatismo craniano, dentro de uma ambulância, rumando para Juiz de Fora. Procurei pelo Augusto - meu filho, pai da Fernanda,contei-lhe o que estava se passando e fui até minha casa ao encontro de Cássia, minha esposa. Partimos - os três - ao encontro do inesperado, pedindo a Deus que não levasse aquela criança para Si.
Acredito que Deus ouviu todas as preces que pediram pela vida da Fernanda e decidiu que ela deveria ficar junto de nós, nesta terra de homens e mulheres. Contudo, foram longos e intermináveis dias de angústia, velando na Santa Casa de Juiz de Fora por aquela criança dotada de energia e sonhos, com a vida por um fio - segura por Deus - e nas mãos habilidosas do Doutor Sérgio Souza.
Poderia descrever a dor da Evilane, mãe da Fernanda, mas não será necessário. Basta imaginar a dor dilacerante que uma Mulher sentiu ha mais de dois mil anos ao ver seu Filho sendo torturado, suspenso e pregado numa cruz. A dor do meu filho, não ouso tentar descrevê-la, pois basta ser pai - pai de verdade - para saber a amplitude do amor que une as descedências.
No sábado acordei e ainda era madrugada. Pude vislumbrar através da janela aberta, a lua brilhando intensamente, como um espelho redondo no firmamento. Pensei nas razões que provocaram o acidente, e pedi a Deus que arrancasse do meu coração a mágoa e me fizesse apóstolo do perdão. Voltei a dormir.
Na manhã de sábado, dia dois de janeiro de 2010, sentei-me defronte à Igreja do Senhor dos Passos, uma contrução românica, erguida no pátio da Saanta Casa, com a sua torre pontiaguda apontando para o inifnito. Sob o céu azul, nuvens muito brancas e baixas pareciam querer tocar aquela torre, formando um quadro quase surreal com a copa frondosa das árvores. Obsevei os homens e as mulheres num vai-e-vem constante, com os seus óculos escuros, trajando bermudas e tênis, e conclui que eles pouco ou nada se importavam com a cena do céu extremamente azul, com as nuvens brancas, com a torre da igreja ou a copa verde das árvores. Voltei meus pensamentos para todas as tragédias causadas pelas chuvas nos últimos dias, mas principalmente naquelas que ocorreram na passagem para o novo ano. Olhei novamente para o alto e lá estavam a torre da igreja, as nuvens e a copa das árvores. Agradeci mais uma vez a Deus pela salvação da Fernanda e permaneci silencioso diante do mistério da vida.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
UM SONHO DE AMOR
Eu queria que todos soubessem que a vida nada mais é que pensamentos esparsos, sonhos espalhados ao vento, metáforas do que parece realidade.
Eu queria que todas os seres humanos se sentissem responsáveis pelo destino do universo.
Eu queria que as pessoas acreditassem na vida como um presente único, onde as forças seguem para um só rumo.
Eu queria poder ver cada ser humano cumprindo a sua parte, respeitando os direitos dos seus semelhantes.
Eu queria ver as pessoas olhando para o mundo sabendo que a existência é efêmera e que a qualquer instante poderemos fazer parte de um mistério que apaga os nossos pensamentos.
Eu queria que a palavra AMOR habitasse todos os corações humanos.
O mundo poderia ser melhor se as almas fossem reais, a paixão não fosse proibida e todos pudessem viver segundo as leis do AMOR.
O mundo poderia ser melhor se as pessoas não roubassem, não se matassem, não precisassem explorar ou humilhar seus semelhantes.
Os seres humanos, como senhores do PLANETA TERRA seriam mais felizes se respeitassem todas as plantas - por mais minúsculas que elas sejam; se respeitassem as águas das fontes, dos córregos, dos rios, dos lagos e dos mares; e se entendessem que a terra e o céu também não são eternos.
Mas eu queria, ainda, que todos os seres humanos lutassem pela vida, vivendo pouco ou não, mas que fizessem dessa luta um ideal a ser cumprido todos os dias.
Enfim, eu queria que as pessoas não mais se unissem para construir grandes impérios para impor suas idéias e subjugar os mais fracos e desafortunados em razão da miséria e da fatalidade.
Eu queria...Acredito que muitos também o querem. Mas sinto, consternado, que todo esse querer é apenas um sonho de amor.
PENSAMENTOS ESPARSOS, Pedro Paullo - dezembro de 2.009
Eu queria que todas os seres humanos se sentissem responsáveis pelo destino do universo.
Eu queria que as pessoas acreditassem na vida como um presente único, onde as forças seguem para um só rumo.
Eu queria poder ver cada ser humano cumprindo a sua parte, respeitando os direitos dos seus semelhantes.
Eu queria ver as pessoas olhando para o mundo sabendo que a existência é efêmera e que a qualquer instante poderemos fazer parte de um mistério que apaga os nossos pensamentos.
Eu queria que a palavra AMOR habitasse todos os corações humanos.
O mundo poderia ser melhor se as almas fossem reais, a paixão não fosse proibida e todos pudessem viver segundo as leis do AMOR.
O mundo poderia ser melhor se as pessoas não roubassem, não se matassem, não precisassem explorar ou humilhar seus semelhantes.
Os seres humanos, como senhores do PLANETA TERRA seriam mais felizes se respeitassem todas as plantas - por mais minúsculas que elas sejam; se respeitassem as águas das fontes, dos córregos, dos rios, dos lagos e dos mares; e se entendessem que a terra e o céu também não são eternos.
Mas eu queria, ainda, que todos os seres humanos lutassem pela vida, vivendo pouco ou não, mas que fizessem dessa luta um ideal a ser cumprido todos os dias.
Enfim, eu queria que as pessoas não mais se unissem para construir grandes impérios para impor suas idéias e subjugar os mais fracos e desafortunados em razão da miséria e da fatalidade.
Eu queria...Acredito que muitos também o querem. Mas sinto, consternado, que todo esse querer é apenas um sonho de amor.
PENSAMENTOS ESPARSOS, Pedro Paullo - dezembro de 2.009
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
EM BRANCO
Ficou no céu o espaço em branco dos meus desejos
Vereda censurável do que foram meus sentimentos (imensuráveis)
E fico olhando afoito o bater das asas da liberdade (saudade)
Seus olhos grandes de desejos desvanecendo, indo(rindo).
HA... simbiose irresoluta do que foi um amor, uma paixão (sexo)
No além das distâncias e decepções fatais e judiciosas
Na sensação de que a perenidade é um sonho desvairado
Dos amantes que se perdem, enlouquecem e morrem.
Ha... bendita fornicação que prevalece auspiciosa
Nos leitos dos amantes!
Maldito aqueles que desprezam o coito arrebatador, animalesco
Pois é para ele que nasceram os seres humanos.
Sinto, sim, saudade - digressão no meu espaço infinito
Em cada cavidade em branco que ficou
Onde nossos gritos ainda ecoam
Vislumbre de gozos incontidos, prolongados, alucinados.
Não me tragam a água cálida quando quero o fogo
Não gosto de olhar o que ficou vago na distância
Quero estar atracado de prazer
Envolvido em braços e abraços
Não sou perene, mas sou filho dos desejos eternos
De todos os gritos de amor e paixão
Sou feito de carne que pulsa no embate do fogo
Que sai das entranhas e só se acalma quando goza.
POESIAS ESPARÇAS, Novembro, 2.009
Pedro Paullo
Vereda censurável do que foram meus sentimentos (imensuráveis)
E fico olhando afoito o bater das asas da liberdade (saudade)
Seus olhos grandes de desejos desvanecendo, indo(rindo).
HA... simbiose irresoluta do que foi um amor, uma paixão (sexo)
No além das distâncias e decepções fatais e judiciosas
Na sensação de que a perenidade é um sonho desvairado
Dos amantes que se perdem, enlouquecem e morrem.
Ha... bendita fornicação que prevalece auspiciosa
Nos leitos dos amantes!
Maldito aqueles que desprezam o coito arrebatador, animalesco
Pois é para ele que nasceram os seres humanos.
Sinto, sim, saudade - digressão no meu espaço infinito
Em cada cavidade em branco que ficou
Onde nossos gritos ainda ecoam
Vislumbre de gozos incontidos, prolongados, alucinados.
Não me tragam a água cálida quando quero o fogo
Não gosto de olhar o que ficou vago na distância
Quero estar atracado de prazer
Envolvido em braços e abraços
Não sou perene, mas sou filho dos desejos eternos
De todos os gritos de amor e paixão
Sou feito de carne que pulsa no embate do fogo
Que sai das entranhas e só se acalma quando goza.
POESIAS ESPARÇAS, Novembro, 2.009
Pedro Paullo
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
PLENITUDE DO SER
A vida abrolha
num instante perene...
surge o querer,
o poder
da luz cósmica
que almejamos
como redenção.
(Simbiose... Paixão).
E sentir o presente
tão curto, raro, volátil...
o desejo de ser amado (êxtase).
Busca eterna dos seres vivos.
Alguém diz: "o mundo gira!"...
Gira?... Como, se tudo é o todo?
E a luz? Ah... A luz nos engana.
De onde ela emana?
Do todo que não vemos.
A luz, então, é parte do nosso ser.
E a escuridão? (a ausência da luz?)
Não há escuridão. a luz não se ausenta
Nossos olhos é que não podem ver...
Está tudo no seu devido lugar.
E o infinito?
Não existe...
O infinito é tudo que já foi dito.
Existências plenas,
vidas que ficaram - todas...
As humanas,
umas sinceras e amenas...
outras, que apenas passaram.
Ou o mundo existe sem a consciência?
Não. O universo é a conscência plena,
a plenitude do ser.
Pedro Paullo de Oliveira – 22/10/2.009 -
Texto revisado em 06 de janeiro de 2014.
Imagem: violete
quarta-feira, 29 de julho de 2009
ESSÊNCIA
O que seria do poeta sem a dor?
O que seria do artista sem a desilusão?
O que seria da vida sem a paixão?
Paixão que compele os espíritos às maiores loucuras;
Paixão que nos leva a viagens alucinadas, homéricas e utópicas;
Paixão que já explode nos olhos da criança no colo da mãe.
Ah!...sou artista, sou poeta, sou menino;
Sou dançarino, sou herói em busca de uma eterna aventura;
Sou aquele que vê o âmago da vida;
Sou aquele que volta para o ventre da mulher;
sou aquele que se perde no meio do caminho;
E sou aquele que caminha, caminha, caminha e vai...
Olhe para meus olhos e veja a vida que nasce sempre que acordo;
olhe para minha face e descubra a paixão de toda a humanidade;
Olhe para meus gestos e encontre a história do universo;
Pois carrego em meu peito a essência do início e do fim que não chega.
Eu sou a dor, eu sou a paixão, o sorriso...vida
Poesias Esparsas – Pedro Paullo – 2.009
O que seria do artista sem a desilusão?
O que seria da vida sem a paixão?
Paixão que compele os espíritos às maiores loucuras;
Paixão que nos leva a viagens alucinadas, homéricas e utópicas;
Paixão que já explode nos olhos da criança no colo da mãe.
Ah!...sou artista, sou poeta, sou menino;
Sou dançarino, sou herói em busca de uma eterna aventura;
Sou aquele que vê o âmago da vida;
Sou aquele que volta para o ventre da mulher;
sou aquele que se perde no meio do caminho;
E sou aquele que caminha, caminha, caminha e vai...
Olhe para meus olhos e veja a vida que nasce sempre que acordo;
olhe para minha face e descubra a paixão de toda a humanidade;
Olhe para meus gestos e encontre a história do universo;
Pois carrego em meu peito a essência do início e do fim que não chega.
Eu sou a dor, eu sou a paixão, o sorriso...vida
Poesias Esparsas – Pedro Paullo – 2.009
O SEMEADOR DE PALAVRAS
ha, poeta, semeador palavras!
Ser desconcertado e lúdico, sempre procurando espinhos nas flores
Encantado com a sua dor, inebriado de paixão,
Com o olhar sempre nas estrelas,
Como se nas estrelas pudesse embalar seus sonhos,
Sonhos nunca realizados.
E realizá-los seria por demais frustrante...
Pois o poeta vive de sonhos que nunca se realizam.
Nos versos do poeta estão estampados seus amores perdidos,
Seus desejos inefáveis de aventuras mirabolantes,
Um profundo e eterno desabafo das idolatrias infinitas.
O poeta está sempre saudoso do que nunca foi,
Ansioso pelo que está por vir
E na renuncia do real, costura palavras, desenha versos.
No final, o poeta dilacera seu coração,
Seduzido consigo mesmo,
Enganado pela fantasia de um mundo irreal.
Vai, poeta, olhar o mar, as montanhas e a lua;
Escuta os pássaros; sente o vento;
Vai ser herói;
Ama sem ser amado;
Transforma em versos o encanto da vida;
E assenta em folhas brancas a perenidade do amor.
Poesias Esparsas - Pedro Paullo - 2009
Ser desconcertado e lúdico, sempre procurando espinhos nas flores
Encantado com a sua dor, inebriado de paixão,
Com o olhar sempre nas estrelas,
Como se nas estrelas pudesse embalar seus sonhos,
Sonhos nunca realizados.
E realizá-los seria por demais frustrante...
Pois o poeta vive de sonhos que nunca se realizam.
Nos versos do poeta estão estampados seus amores perdidos,
Seus desejos inefáveis de aventuras mirabolantes,
Um profundo e eterno desabafo das idolatrias infinitas.
O poeta está sempre saudoso do que nunca foi,
Ansioso pelo que está por vir
E na renuncia do real, costura palavras, desenha versos.
No final, o poeta dilacera seu coração,
Seduzido consigo mesmo,
Enganado pela fantasia de um mundo irreal.
Vai, poeta, olhar o mar, as montanhas e a lua;
Escuta os pássaros; sente o vento;
Vai ser herói;
Ama sem ser amado;
Transforma em versos o encanto da vida;
E assenta em folhas brancas a perenidade do amor.
Poesias Esparsas - Pedro Paullo - 2009
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