segunda-feira, 25 de agosto de 2014

domingo, 24 de agosto de 2014

TREN DE IDA Y SIN RETORNO

Poema 130: Tren de ida y sin retorno.
Sueños al viento
despliegan las alas
sur que aguardaste
en maletas cerradas.
Aguardado norte...
de correas amarradas,
corroída valija
que depositó sentimientos.
Trenes de hambre,
huesos de ancestros.



Vieja maleta
de la que resurgen fantasmas
sur que añoraste en inmundas jornadas,
Matar tópicos...
en "manos de vergüenza"
dejando “las palmas”
de tus manos engañadas
por cuatro perras
en “pro de una tierra”

Polvo cubierto Padre...
sin Norte ni Sur,
tierra que llevaste
servida y para taparte,
corroídas correas
que se rompen al estirar
surgiendo palomas
de hipócrita libertad.

Endémica paloma
que ansiaba libertad,
encerradas maletas
que quedaron atrás,
Polvo cubierto Padre...
sin Norte ni Sur.
Que llenaste para subir
y al sur no bajaste.

Encontrada valija
en el polvo de un desván,
roídas correas
de las que anudó sus esperanzas
añorando una tierra
que “nunca alcanzó”

Joven que partió
en trenes de ingratitud
ahora los convierten en aves de velocidad,
noveles “pájaros” que viajan sin recordar...
tristes maletas
que guardo en mi desván,
sin llegar a morar
en el sur de tu soledad.

Enrique Tamayo Borrás
03/06/2012.

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TEMPO DE AMOR




Houve um tempo em que imaginei que o mundo cabia em minhas mãos.
Eu mirava as estrelas e as montanhas,
abria os braços e pensava:
“eu posso abraça-las”!
Era como realizar o sonho dos cientistas
e poder transportar-me através do tempo e do espaço
numa fração de segundo.

Num instante eu estava sobrevoando vales nunca vistos,
num voo homérico;
noutro instante, viajava pelas estrelas,
entre luzes prateadas,
visitando civilizações interplanetárias.

O mundo cabia em minhas mãos...
Não que ele fosse pequeno – que pequeno não era.
O mundo era grandioso,
permeado de heróis de verdade
 – guerreiros que lutavam contra o mal
e somente contra o mal.
No final, venciam os heróis.

Nesse mundo - que cabia em minhas mãos e no meu abraço -
existiam guerreiros escarlates
que desciam dos céus
para comandar batalhas contra os homens maus.
No final, os homens maus eram expulsos da terra
e prevalecia a bonança, o respeito e o amor.

Houve um tempo em que imaginei um mundo...
Houve um tempo em que imaginei o amor;
houve um tempo em que imaginei o respeito...
houve um tempo em que imaginei a vida –
e que a vida era o dom mais precioso que se pode ter na terra.

Texto de Pedro Paulo de Oliveira.

Imagem: FOLHA DE SP    

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

ROSA DOS VENTOS



ROSA-DOS-VENTOS / Iná Brasílio de Siqueira




Viver e transportar para o papel a Poesia que, sutilmente, o Tempo traz para ser capturada pela mente é uma Arte, é um dom que poucos poetas possuem. É conseguir encontrar nos próprios pensamentos motivos para sorrir, Saudades para chorar ou Esperanças para compartir... É tão somente: Viver Poesia! Incontestavelmente, Iná Brasílio de Siqueira possui, tatuada na alma, a Poesia que está impressa nas células de seu DNA, por herança genética, e se multiplica cada vez mais, com maior intensidade.

Inspirada pelos seus Sonhos, a autora magnetiza extrema sensibilidade e cria, nesta obra admirável, versos de sentimento universal, agradáveis e melodiosos, que dançam nas rimas, no rítmo e nos versos. Sua Poesia manifesta uma sonoridade indescritível, assemelhada a um Cântico Magistral. Ah, os Sonhos... Abstrações que se tornaram visíveis aos seus olhos, transformando suas percepções em realidades quase palpáveis. Pode-se imaginar que é como se os ventos soprassem rosas perfumadas no íntimo de seu Ser, dando representatividade ao lirismo traduzido em palavras poéticas.

É evidente que cada poeta tem sua força, seu estilo e método de expressar sensações... Mas, a autora mostra, de forma excepcional, a Poesia que capta em tudo e revela-nos a mesma em estado poético, doce, iluminado e dinâmico. A Paz é um estado de espírito, um refúgio seguro. Assim, é fácil observar sua consciência tranquila, emitindo ondas de Amor e Serenidade ao leitor. Que a Rosa-dos-Ventos sempre  a guie poeticamente em todos os tempos e Estações da Vida! Iná, querida Amiga, saiba: o brilho que rege sua inteligência e precioso talento merece os mais altos elogios, neste esmerado volume poético, de alto gabarito, requisito fundamental para o sucesso: prêmio certo por sua riqueza intelectual invulgar.
Vânia Ennes - (Vânia Maria Souza Ennes) - Membro da Academia Feminina Paranaense de Letras,  Presidente da União Brasileira de  Trovadores (UBE) do Paraná, Vice-Presidente do Centro de Letras do Paraná.
“Tudo o que somos é o resultado de nossos pensamentos.”
(Budha)

Iná Brasílio de Siqueira é o nome literário de Iná de Fátima Araújo Siqueira, natural de Baependi, Sul de Minas Gerais. Geminiana, casada, tem dois filhos e quatro netos, flores abençoadas de sua vida. Professora de Língua Portuguesa e Literatura, é licenciada e pós-graduada em Língua Portuguesa e Literatura Contem-porânea pela UNIVÁS (Universidade do Vale do Sapucaí), de Pouso Alegre (MG). Poeta e escritora com premiações e publicações em antologias em vários Estados, é também revisora do Jornal Panorama (informativo do Sul de Minas) e organizadora de diversas antologias, entre elas algumas estudantis. Suas principais publicações são: Transversal de Eva (poesias), Nuances de Poesia (antologia feminina com sete autoras de sua terra), Cidade de Baependi (antologia), Gerações Poéticas – DNA e Artístico e Os Mensageiros, conto infanto-juvenil que recebeu Menção Honrosa da UBE (União Brasileira de Escritores) no II Prêmio de Literatura da UBE/Scortecci, em 2008. É idealizadora e Membro Fundador da Academia Baependiana de Letras e Artes (ABLA); Membro Honorário da Academia de Letras e Ciências de São Lourenço/MG (ALECI) e Membro Associado da União Brasileira de Escritores (UBE). Referência cultural baependiana, recebeu reconhecimento público e títulos por serviços prestados à Educação em sua cidade. Em 2011 foi agraciada com o TROFÉU CECÍLIA MEIRELES & Categoria Especial no evento Mulheres Notáveis. No evento DESTAQUES DO ANO de 2011, em sua 46ª Edição, na comemoração de 109 anos de Carlos Drummond de Andrade, recebeu também o TROFÉU CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, ambos em Itabira - MG. E, em Baependi - MG, os Diplomas: Poetisa Baependiana do Ano, Poeta Regional do Ano e Destaque Cultural do Ano, no evento Galo de Ouro 2010/2011.

Serviço:
Rosa-Dos-Ventos
Iná Brasílio de Siqueira
Scortecci Editora
Poesia
ISBN 978-85-366-2256-9
Formato 14 x 21 cm 
144 páginas
1ª edição - 2012
Mais informações:
Para comprar este livro verifique na Livraria e Loja Virtual Asabeça se a obra está disponível para comercialização.

A FLOR DA SEDUÇÃO

Onde foi que plantastes a flor
o copo de leite que me seduziu?
Onde deixastes o teu perfume
envolvente e entontecedor?

Por onde andas?...
A quem seduzes?

Torturo-me a pensar,
imaginar
que a flor de rara beleza
não posso ver
e nem tocar... Sedosa, delicada, selvagem...

Que abelhas rondam tuas pétalas
e que formigas sobem pelo teu caule?
Estou a remoer minha dor
em saber que esses insetos
bebem da tua seiva
e descansam sobre ti.

O seu perfume, ainda o sinto
preso no meu olfato
como veneno
que mata lento.

Em que jardim viceja
esse copo de leite,
invólucro que me envolveu
em prazeres inauditos?

Quantas e quantas vezes entrei em ti
 -flor geminada para o prazer -
seduzido que estava
pelo perfume e pelo gosto da tua seiva.

Fartei-me em tantos momentos
e, depois, contentava-me em admirar-te
na luz do dia
ou na penumbra da noite.

E, agora, o que me resta?
Resta o suplício de não ver-te,
de não saber onde viceja
e por quantas abelhas
escorre tua seiva.








Texto de Pedro Paulo de Oliveira.